terça-feira, 10 de novembro de 2009

FARRAPO

Esse nome criado pelo DESPREZO, foi nobilitado pela GLÓRIA;
A inevitável GLÓRIA da JUSTÇA e do TEMPO transformou o epíteto injurioso em titulo de suprema HONRA.
Eram DESGRAÇADOS,sim,eram POBRES,eram MALTRAPILHOS, aqueles GUERREIROS que, para não morrer de fome, contentavam-se com um bocado de carne crua;
Acampavam e dormiam ao relento, com a face voltada para as estrelas;
Não tinham dinheiro nem uniforme e não podiam renovar as botas e os ponchos que o pó das estradas, as balas, as cutiladas, as chuvas estraçalhavam e apodreciam;
Mas prezavam o seu nome de FARRAPOS e tinham o orgulho da sua POBREZA;
E eram mais RICOS assim, possuindo apenas o seu CAVALO, a sua GARRUCHA, a sua LANÇA e a sua BRAVURA.
Cenobitas da região cívica, anacoretas da GUERRA, vivendo o imenso e fúlgido ascetério do PAMPA, esses primeiros criadores da nossa LIBERDADE política não olhavam para si: olhavam para a estepe infinita que os cercava, para o infinito céu que os cobria, e nesses dois infinitos viam dilatar-se, irradiar e vencer no ar LIVRE o seu GRANDE IDEAL de JUSTIÇA e de FRATERNIDADE.




Olavo Bilac

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

NOSSA BANDEIRA

BANDEIRA FARROUPILHA
Muitos historiadores atribuem a autoria da Bandeira a Bernardo Pires, outros afirmam que seu planejamento deve-se a José Mariano de Matos e o desenho a Bernardo Pires. Historicamente aparece pela 1ª vez em Piratini, no dia 06 de novembro de 1836 para um TE DEUM, sendo conduzida pelo cel. Teixeira Nunes, pois o então cel. Bento Gonçalves, se achava ausente. A Bandeira foi adotada oficialmente pelo decreto de 12 de novembro de 1836, que a denominou Escudo de Armas. Este foi o primeiro decreto da República Rio-Grandense.



BANDEIRA ESTADUAL


A bandeira gaúcha, com o formato que tem hoje, apareceu durante a campanha republicana no Brasil, ocorrida na segunda metade do século XIX, porém tem sua origem na época da Revolução Farroupilha, quando os farrapos utilizavam como bandeira um pavilhão onde figuravam as cores verde e amarelo (da bandeira do Brasil), separados pela cor vermelha maragata, significando o desejo de república.


O BRASÃO


Escudo oval, em prata com um quadrilátero com sabre de ouro, sustentando na ponta um barrete frígio vermelho, entre ramos de fumo e erva-mate, cruzando sobre o punho de sabre; um losango verde com duas estrelas de cinco pontas de ouro, colocadas nos ângulos superiores e inferiores; ao lado, duas colunas de ouro, com uma bola de canhão antigo; tudo sobre um campo verde;
ao redor deste escudo, uma bordadura azul, contendo a inscrição REPÚBLICA RIO-GRANDENSE e a data 20 DE SETEMBRO DE 1835, de ouro, separadas por duas estrelas de cinco pontas, também de ouro;
o escudo está sobreposto a: quatro bandeiras tricolores (verde, vermelho e amarelo) entrecruzadas duas a duas com hastes rematadas de flor de lis invertidas de ouro. As duas bandeiras dos extremos estão decoradas com uma faixa vermelha com bordas de ouro, atadas junto à ponta; uma lança da cavalaria, de vermelho, rematada por uma flor de lis, de ouro, entre: quatro fuzís armados de baionetas de ouro e, na base do conjunto, dois tubos-canhão de negro, entrecruzados, semi-cobertos pelas bandeiras; um listel de prata com a legenda LIBERDADE, IGUALDADE, HUMANIDADE, de negro.
Alguns historiadores atribuem a origem do Brasão ao "Histórico Lenço Republicano", de provável autoria de Bernardo Pires, lenço que foi catalisador do ideal republicano rio-grandense. Sabe-se que o brasão, originariamente, ostentava amores-perfeitos, simbolizando a firmeza e a doçura dos republicanos. Posteriormente, foram substituídos por rosetas de ouro que, por sua vez, deram lugar a estrelas de cinco pontas nas Armas do Estado, conforme descrição da Lei Nº 5213 de 5 de Janeiro de 1966.






Fonte: MTG-RS

terça-feira, 3 de novembro de 2009

HINO RIOGRANDENSE




LETRAS E AUTORES


O Hino Rio-Grandense que hoje cantamos tem a sua história particular e, porque não dizer, peculiar. Porque muitas controvérsias apresentou, desde seus tempos de criação até os tempos de então. Oficialmente existe o registro de três letras para o hino, desde os tempos do Decênio Heróico até aos nossos dias. Num espaço de tempo de quase um século foram utilizadas três letras diferentes até que finalmente foi resolvido, por uma comissão abalizada, que somente um deles deveria figurar como hino oficial.


O PRIMEIRO HINO


A história real do Hino, começa com a tomada da então Vila de Rio Pardo, pelas forças revolucionárias farroupilhas. Ocasião em que foram aprisionados uma unidade do Exército Imperial, o 2° Batalhão, inclusive com a sua banda de música. E o mestre desta banda musical, Joaquim José de Mendanha, mineiro de nascimento que também foi feito prisioneiro era um músico muito famoso e considerado um grande compositor. Após a sua prisão ele, Mendanha, teria sido convencido a compor uma peça musical que homenageasse a vitória das forças farroupilhas, ou seja a brilhante vitória de 30 de abril de 1838, no célebre “Combate de Rio Pardo”. Mendanha, diante das circunstâncias, resolveu compor uma música que, segundo alguns autores, era um plágio de uma valsa de Strauss. A melodia composta por Mendanha era apenas musicada. E o capitão Serafim José de Alencastre, pertencente as hostes farrapas e que também era versado em música e poesia, entusiasmado pelos acontecimentos, resolveu escrever uma letra alusiva à tomada de Rio Pardo.


O SEGUNDO HINO


Quase um ano após a tomada de Rio Pardo, foi composta uma nova letra e que foi cantada como Hino Nacional, o autor deste hino é desconhecido, oficialmente ele é dado como criação de autor ignorado. O jornal “O Povo”, considerado o jornal da República Riograndense em sua edição de 4 de maio de 1839 chamou-o de “o Hino da Nação”.


O TERCEIRO HINO


Após o término do movimento apareceu uma terceira letra, desta vez com autor conhecido: Francisco Pinto da Fontoura, vulgo “o Chiquinho da Vovó”. Esta terceira versão foi a que mais caiu no agrado da alma popular. Um fato que contribui para isto foi que o autor, depois de pronto este terceiro hino, continuou ensinando aos seus contemporâneos o hino com sua letra. A letra deste autor é basicamente a mesma adotada como sendo a oficial até hoje, mas a segunda estrofe, que foi suprimida posteriormente, era a seguinte:


"Entre nós reviva Atenas
Para assombro dos tiranos;
Sejamos gregos na Glória,
E na virtude, romanos."


O HINO DEFINITIVO

Estas três letras foram interpretadas ao gosto de cada um até meados do ano de 1933, ano em que estavam no auge os preparativos para a “Semana do Centenário da Revolução Farroupilha”. Nesse momento um grupo de intelectuais resolveu escolher uma das versões para ser a letra oficial do hino do Rio Grande do Sul. A partir daí, o Instituto Histórico contando com a colaboração da Sociedade Rio-Grandense de Educação, fez a harmonização e a oficialização do hino. O Hino foi então adotado naquele ano de 1934, com a letra total conforme fora escrito pelo autor, no século passado, caindo em desuso os outros poemas. No ano de 1966, o Hino foi oficializado como Hino Farroupilha ou Hino Rio-Grandense, por força da lei 5213 de 05 de janeiro de 1966, quando foi suprimida a segunda estrofe.



HINO RIO-GRANDENSE




LETRA: Francisco Pinto da Fontoura (vulgo Chiquinho da Vovó)
MÚSICA: Comendador Maestro Joaquim José de Mendanha
HARMONIZAÇÃO: Antônio Corte Real




Como a aurora precursora

do farol da divindade,

foi o Vinte de Setembro

o precursor da liberdade.


Estribilho:


Mostremos valor, constância,

Nesta ímpia e injusta guerra,

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra,

De modelo a toda terra.

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra.


Mas não basta pra ser livre

ser forte, aguerrido e bravo,

povo que não tem virtude

acaba por ser escravo.


Estribilho:


Mostremos valor, constância,

Nesta ímpia e injusta guerra,

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra,

De modelo a toda terra.

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda terra.










Fonte: MTG-RS







sábado, 17 de outubro de 2009

Fim da Tchê Music

Bueno, particularmente, acho que já passou da hora dessa modinha acabar mesmo. Até esses desgarrados já perceberam isso.

Link da matéria:


Música gaúcha de verdade:


domingo, 20 de setembro de 2009

Viva a Revolução Farroupilha

Hoje fazem 174 anos do início da Revolução.
Aos heróis farrapos, nosso humilde "muito obrigado"

-Seguimos tentando honra-los.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Um povo de Verdade


Aqui por estes pagos a maldade não se cria,
Pelo contrário, irradia a alegria de um povo que vive em harmonia
E que sabe ser feliz , assim como se diz,
Buenacho uma barbaridade.

Um povo que com força e coragem
Na luta por seu ideal, forjou ele próprio a sua imagem:
Um gaúcho bem bagual.
Sempre honrando seus costumes, por isso, saiba, vivente,
Não há outro povo igual

Que não se preocupa com a estampa
E já cedo se levanta, não deixa nada pela metade,
Pois sabe que até a tarde, quando o sol deixar o pampa,
No seu peito arderá mais que uma vontade, e sim uma necessidade,
A busca por nossa liberdade.

História de glória construída assim,
Em entreveros sem fim, não arredando o pé,
Lutando com uma fé que não se abala, um povo que nunca se cala,
A nossa força vem do fundo da alma, Deus nos fez assim,
E assim sempre será, nada, jamais nos mudará.

Somos assim, não é por acaso. Esse jeito xucro é motivo de orgulho.
Gostamos de peleia tanto quanto queremos a paz,
E por mim tanto faz, nem o cansaço, ou a saudade,
Nem mesmo a imagem de uma batalha perdida,
Derrota sofrida, tira de mim a convicção:
"Honrar o Rio Grande é obrigação!"

Nada explica esse orgulho, que sinto em ser gaúcho,
E é por isso que tanto me puxo, para provar que mereço.
Então, à Deus eu agradeço, por ter me dado este Rio Grande
A sua história eu conheço, nenhuma outra é mais marcante.

Myron Luiz Borges

Veterano - Leopoldo Rassier


Dos veteranos pros guri de hoje aprenderem: